domingo, 4 de outubro de 2020

9 - VERTONGHEN

Finalmente chegou ao Benfica o tão desejado central canhoto. Depois de uma época em que tantas falhas foram apontadas ao sector mais recuado do Benfica, principalmente na metade onde Ferro e Grimaldo deveriam ser um bastião, a contratação de Jan Vertonghen caiu no espírito benfiquista como um verdadeiro ansiolítico.
Apesar dos 33 anos, o belga está longe dos anos da reforma. Pode não ter a agilidade que, tantas vezes, fez dele um digno eleito para lateral esquerda. Por outro lado, o tempo também refinou outras características no atleta. Com melhor compreensão do jogo, o defesa, sem sombra de dúvida, será de uma grande utilidade no crescimento dos colegas mais novos. Claro, se fosse só para esse papel, a sua presença no Benfica não faria sentido. A sua chegada justifica-se, isso sim, pela assertividade com que é capaz de cumprir as suas funções. Nesse sentido, posso dizer que Vertonghen, para além de ser feroz a defender, é um futebolista que, tendo boa posse de bola, exibe uma qualidade objectiva na hora de passar o esférico.
Foram, então, as razões acima referidas que fizeram do defesa um esteio nas equipas por onde passou. Depois do Ajax, onde terminou a sua formação, o Tottenham serviu para confirmá-lo como um futebolista de classe mundial. Durante 8 temporadas passou pela alçada de vários treinadores, sem que a sua titularidade fosse beliscada. Para asseverar a sua qualidade temos ainda a selecção belga. Pelo seu país, como provam as convocatórias desde que chegou à “Luz”, o central é visto como um elemento indispensável. Não só continua a ser chamado às pelejas futebolísticas do seu país, como soube manter-se indiscutível no “onze” inicial. Se dúvidas houvesse sobre os diversos aspectos do seu valor, bastava que reparassem no seu braço esquerdo. A faixa de “capitão” da equipa nacional da Bélgica, por certo, há-de significar qualquer coisa.

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