sexta-feira, 2 de outubro de 2020

7 - FRANCISCO GERALDES

Será Francisco Geraldes a personificação de uma fénix? Talvez! Certo, é que a sua chegada a Vila do Conde para esta temporada, voltou a resgatar o médio-ofensivo de um injusto esquecimento. Mas mais do que olvidado, e perdoem-me a opinião, os cíclicos desaparecimentos do jovem jogador parecem-me, a mim, um caso inexplicável de ostracismo! A razão? Como já disse, não sei! Ainda assim, é fácil constatar que no Sporting algo terrivelmente estranho deve ter acontecido com o centrocampista. Todos nós conseguimos reconhecer-lhe um enorme talento; todos nós, até onde a vista de um espectador alcança, conseguimos ver uma pessoa com um carácter longe de problemático. Então, qual a justificação para a falta de oportunidades?
O seu regresso ao Rio Ave, tal como na passagem de 2107/18, mostrou um jogador à beira de renascer. Sem conseguir impor-se no emblema leonino, a sua carreira, até há bem pouco tempo, foi marcada por constantes empréstimos. Essas cedências, as que Geraldes jogou em Portugal, mostraram um futebolista virtuoso. Já as experiências no Eintracht Frankfurt e no AEK de Atenas ficaram um pouco aquém do esperado. Ainda assim, é difícil não ver o médio como um elemento que, para além das habilidades técnicas, sabe entender o jogo. Então, porque não consegue afirmar-se?
O seu trajecto formativo, feito no Sporting, sempre prometeu um jogador de qualidade superior! Já o acompanhamento por parte da Federação Portuguesa de Futebol, curiosamente, nunca foi condizente com a sua evolução. Porém, há outra variável para adicionar à equação. É verdade que o físico de Francisco Geraldes não é protótipo que, hoje em dia, o futebol tem como pretensão. Será essa a condicionante? Duvido! Então, só resta esperar que a campanha que agora começa, sublinhe o médio como um dos grandes intérpretes da Liga 2020/21.

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