sábado, 31 de outubro de 2020

30 - FÁBIO COENTRÃO

Pode a sua carreira ser comparada a uma montanha russa? Provavelmente, sim! Nesse sentido, os acentuados altos e baixos do seu percurso, longe de serem uma diversão num parque temático, tornaram-se no tempero de alguns dissabores. Recuando até ao início da sua caminhada, pode dizer-se que o jogador começou por alimentar a ideia de um futebolista com um enorme potencial. Ainda assim, seria ridículo afirmar que tal arranque foi feito a partir de um ponto elevado. A prova de que ainda estava longe desse zénite, surgiu mal deixou o Rio Ave e assentou arraiais na “Luz”. Depois da primeira metade da época de 2007/08 asseverar o extremo como inapto para voos de calibre maior, as conclusões retiradas dos empréstimos seguintes também não foram muito animadoras.
O regresso deu-se na mesma. Deram-se também várias mudanças. Uma delas na posição, que recuou o atleta para a defesa. A outra, a alteração do seu comportamento que, com olhos postos nos erros, foi a chave da sua evolução. Ora, esse crescimento ao serviço do Benfica, logo o meteu na rota de um dos colossos mundiais. No Real Madrid, independentemente das dúvidas levantadas ao seu valor, Fábio Coentrão conseguiu rechear o seu currículo com títulos que muitos nem têm a coragem de sonhar. A vitória em 2 “Champions”, a conquista de 2 Mundiais de Clubes e 1 Supertaça Europeia fizeram dele um nome ligado ao êxito.
De repente, ou há muito anunciada, a queda deu-se. Sem espaço nos “Merengues”, o lateral-esquerdo voltou à senda dos empréstimos, com a passagem pelo AS Monaco a revelar-se parca para, no regresso a Madrid, alimentar um lugar no “onze”. Seguir-se-iam, em épocas consecutivas, a ligação ao Sporting, o surpreendente regresso ao Rio Ave e o, ainda mais espantoso, ano sabático! Para esta campanha de 2020/21, decidiu voltar à competição com o intuito de, com 32 anos, relançar a carreira. Conseguirá? Para já, as portas novamente abertas dos vilacondenses, resultaram em quase nada!

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