quarta-feira, 30 de setembro de 2020

4 - RICARDO QUARESMA

A invocação de antigos monarcas serviu para que Ricardo Quaresma, no Paço dos Duques de Bragança, fosse apresentado com toda a pompa. Anunciado com a ajuda de uma produção bem “hollywoodesca”, o regresso do extremo português ao Campeonato Nacional mereceu todo o aparato. Apesar de ter o fim da carreira bem à vista, o avançado continua a ser uma grande estrela do nosso desporto. A prova está na confiança que o Vitória de Guimarães, apesar dos seus 37 anos, deposita na sua contratação.
Mas desenganem-se aqueles que pensam no jogador como uma mera aposta mediática. Ricardo Quaresma, apesar de um trajecto bem abastado, continua a mostrar vontade em dar ao futebol muito do que, ao longo de mais de 2 décadas, revelou em tantos relvados. Com a edificação da sua carreira assente em 3 pilares, o Sporting, o FC Porto e os turcos do Besiktas transformaram-se nas colunas principais da sua vida futebolística. Pelo meio, as passagens pelo FC Barcelona, Inter de Milão ou Chelsea, acabaram transformadas em enormes equívocos. Porém, e apesar desses desaires, houve quem nunca esquecesse as suas qualidades. Essa memória, assente em arrancadas fulminantes, assistências letais e “trivelas” impiedosas foi a base para diversos recomeços e, acima de tudo, para sublinhar a sua glória.
Nisso de vitórias, é tão extenso o rol que deixarei para outra oportunidade o listar das suas conquistas. Ainda assim, é impossível não fazer referência ao que ganhou por Portugal. Com uma caminhada que, só no patamar sénior, conta com 80 internacionalizações, Ricardo Quaresma também ajudou a erigir o zénite da Selecção Nacional. É com esse espírito de campeão, presente no triunfo luso no Euro 2016, que o extremo vai inspirar o conjunto vimaranense no galgar de novas metas.

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