sábado, 14 de novembro de 2020

34 - GILBERTO

Quero começar este comentário com uma pergunta. O que pode revelar uma passagem por um dos melhores Campeonatos da Europa? No caso de Gilberto destapou duas coisas. Primeiro, confirmou um atleta que, com a camisola do Botafogo, Internacional de Porto Alegre e, principalmente, com as cores das selecções jovens do Brasil, mostrou ter as qualidades de uma real promessa. Por fim, e após 2 temporadas, revelou um futebolista que não passou de uma aposta falhada.
A verdade é que, desde cedo, o lateral-direito começou a atrair alguma atenção. Dotado de uma disponibilidade física considerável, ainda em idade júnior começou a aparecer na principal equipa do Botafogo. Já integrado no plantel sénior, a regularidade com que foi chamado a jogo, alimentou a ideia de um intérprete com um futuro risonho. A avaliação acabou sublinhada pelas suas chamadas aos escalões de formação do “Escrete” e, acima de tudo, com a vitória na edição de 2014 do Torneio Internacional de Toulon.
Na sequência da sua participação no certame francês, Gilberto acabou contratado pela Fiorentina. Já em Itália deu-se início ao volte-face acima referido. Sem conseguir esgrimir o que dele era esperado, o defesa quase não jogou. Pouco apareceu no conjunto de Florença e pouco surgiu nos empréstimos ao Hellas Verona e Latina. Com o fracasso da transferência, deu-se o regresso ao seu país. No Vasco da Gama e, em seguida, no Fluminense voltou aos níveis exibicionais que tinham elevado o seu valor. Na sequência das boas prestações, analisadas por Jorge Jesus, a sua contracção foi pedida pelo treinador. No Benfica de 2020/21 ainda não convenceu ninguém. Entrou bem, mas acabou por estar envolvido no decréscimo produtivo do conjunto. A conclusão a retirar das suas aparições, é simples: tem muitas lacunas defensivas e, pelo que mostrou, os seus publicitados predicados ofensivos também estão muito aquém do esperado.

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